O famoso Osvaldão da Guerrilha do Araguaia. |
Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, filho de José Orlando da Costa e Rita
Orlando dos Santos, nasceu em 27 de abril de 1938, em Passa Quatro, Minas
Gerais.
Entre 1952 e 1954 morou em São Paulo, onde fez o Curso Industrial Básico de
Cerâmica, o que lhe assegurou a condição de artífice em cerâmica. Mudou-se para
o Rio de Janeiro, onde diplomou-se em técnico de construção de máquinas e
motores pela Escola Técnica Federal no ano de 1958. Nesse período, participou
ativamente das lutas estudantis.
Osvaldo Orlando, do alto de seus 1,98 metros de altura, pesando cem quilos e
com seus sapatos número 48 fazia parte da equipe de boxe do Botafogo, e foi
campeão competindo pelo time.
Também tornou-se oficial da reserva do exército brasileiro, após servir no CPOR/RJ.
Ingressou no então revolucionário Partido Comunista do Brasil – PCdoB.
Em Praga, Checoslováquia, formou-se em engenharia de minas. Osvaldão foi um
dos primeiros militantes do PCdoB a chegar à região do Araguaia, por volta dos
anos de 1966-67 e tinha a tarefa de criar condições para a chegada de novos
militantes e mapear a área.
Embrenhou-se nas matas e percorreu os rios se apresentando como garimpeiro e
mariscador. Tornou-se rapidamente conhecido e amigo dos camponeses, participou
de caçadas e pescarias, trabalhou na roça, tornou-se grande conhecedor das
matas. Em 1969, passou a viver na margem do rio Gameleira.
Foi comandante do destacamento B e dirigiu vários combates. Foi, ao lado de
Dina (Dinalva Conceição Oliveira), o mais conhecido e respeitado guerrilheiro
entre a população do Araguaia. Ele fazia parte do contingente guerrilheiro que
rompeu exitosamente o cerco militar quando atacado por um grande número de
tropas do exército em 25 de dezembro de 1973.
Segundo depoimentos de moradores da região, ele foi morto em abril de 1974,
perto da localidade de São Domingos, próximo à Semana Santa. Foi ferido com um
tiro de espingarda 22 na barriga disparado por Piauí, um bate-pau que fez isto
por dinheiro. Em seguida foi fuzilado pelos militares.